
ESP-MG conclui Oficinas sobre Integralidade do Cuidado em Saúde Mental

A Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) promoveram de 2019 a abril de 2025, as Oficinas sobre a integralidade do cuidado em saúde mental.
As Oficinas, oferecidas como um curso livre de qualificação, atenderam profissionais de saúde das 28 unidades regionais do estado, qualificando 623 pessoas que atuam na saúde mental em Minas Gerais. Com a formação, cada um destes profissionais estará ainda mais apto a prestar uma assistência em saúde mental, ainda mais qualificada para a população.

Das 12 oficinas, somente uma, a primeira, na macro centro sul, ocorreu de maneira presencial.
No dia 24 de abril de 2025 foi concluída a 12ª e última turma da Oficina, composta por profissionais das Redes de Atenção Psicossocial (RAPS) das Unidades Regionais de Divinópolis, Manhuaçu e Sete Lagoas, além de trabalhadoras da Secretaria de Desenvolvimento Social de Pompéu.
Segunda a trabalhadora da ESP-MG e uma das Coordenadoras das Oficinas, Luzmarina Morelo, o objetivo, em consonância com a educação permanente, foi abordar com as trabalhadoras, trabalhadores e gestores da RAPS, os temas mais relevantes para a prática e o trabalho cotidiano. “Os temas delimitados dizem respeito a este cenário de práticas orientado pela Política de Saúde Mental que tem sido implementada, para que o cuidado seja no território, respeitando as características culturais, sociais e os direitos dos pacientes. Soma-se a este objetivo, a discussão das condições das RAPS, com os problemas e potencialidades de cada município”, explicou.
Já a Coordenadora da Oficina pela Coordenação Estadual de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, da SES-MG (CESMAD/SESMG), Ana Cristina Afonso Marçal, destacou que “a intenção foi promover práticas que favoreçam a integralidade do cuidado em Saúde e poder ouvir os profissionais que estão na ponta, compartilhar suas experiências”. Para ela, apesar das dificuldades enfrentadas, como a rotatividade de profissionais e incompatibilidade de horários, acredita que os objetivos foram cumpridos no que “diz respeito ao conteúdo e a interação com os discentes, pelos feedbacks dados durante as oficinas e depois, no grupo criado no WhatsApp. Como por exemplo o retorno positivo na condução e manejo de casos”, complementa.
Desafios e aprendizados
Em relação aos desafios, um dos mais significativos enfrentados ao longo destes seis anos de Oficina, foi a Pandemia da Covid-19, que surgiu em 2020, e afetou os serviços de saúde de várias maneiras e também modificou o formato da qualificação. Isso porque o curso foi originalmente planejado para ser presencial, no município pólo da macro, mas em razão da situação de saúde e da necessidade do isolamento social, foi necessário adaptar a qualificação para a modalidade de ensino remoto. Das 12 oficinas, somente uma, a primeira, na macro centro sul, ocorreu de maneira presencial.
Sobre a transição para o formato remoto, a coordenadora Luzmarina Morelo avalia que a mudança do formato inicial em razão da pandemia, apesar das dificuldades iniciais, acabou apresentando ganhos “porque tornou possível a realização das Oficinas com participação de todos os municípios até os mais longínquos. Também possibilitou a participação de um maior número de docentes proporcionando maior enriquecimento do conteúdo e das experiências”, salienta.
Entre as temáticas abordadas destacam-se: Reforma Psiquiátrica e Atenção Psicossocial; Atenção às crises em saúde mental; Gestão e cuidado na Rede de Atenção Psicossocial; O cuidado em saúde mental na Atenção Primária à Saúde; Cuidado em Saúde Mental na APS e na RAPS: experiências no território; O cuidado em saúde mental às pessoas com problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas; O cuidado em saúde mental a crianças e adolescentes, entre outras.

As oficinas atenderam profissionais de saúde das 28 unidades regionais do estado, qualificando 623 pessoas.
Segundo a coordenadora Luzmarina Morelo, em um dos módulos, os participantes também tiveram a oportunidade de discutir um caso, de modo a observar a implementação do cuidado em saúde mental. Tendo como premissas, o respeito aos direitos, identificação de possibilidades, desenvolvimento de ações com os recursos do município. “Todas as regionais de Minas foram contempladas e vimos como há uma grande diversidade de experiências, de recursos, de dificuldades, mas também de possibilidades”. A RAPS se mostrou muito viva, pulsante, criativa, e ética, com os trabalhadores engajados neste trabalho de cuidar em Saúde Mental”, enfatizou.
Para o discente da turma 01/2022, da Micro Leopoldina, Pouso Alegre e Uberlândia, Sérgio Aparecido Batista, do Município de Gonçalves, a participação no curso foi muito importante para sua formação profissional. “Eu defino esta experiência como uma das mais importantes da minha vida. Tenho uma trajetória já de muitos anos fazendo trabalhos sociais e também atuando na saúde mental, e em várias frentes. Eu confesso que já trabalhei em vários lugares, mas esta experiência foi uma das mais profundas, que eu já participei”, relata.
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