Em 2017, o Grupo de Pesquisa Estado, Gênero e Diversidade (Egedi) da Fundação João Pinheiro (FJP) concebeu a Série Sempre-Vivas, cujo objetivo é construir biografias coletivas de grupos de mulheres, debruçando-se sobre suas vidas e escrevendo com as mulheres biografadas, colocando a seu serviço um saber-fazer de pesquisa.

O primeiro número da série, intitulado Mulheres do Campo de Minas Gerais: trajetórias de vida, de luta e de trabalho com a terra (Amorim, 2017), foi lançado em 2017. No ano de 2021, foi lançado o segundo número: Mulheres, negras e gestoras: porque sim! (Godinho; Souza-Seidl, 2021). O projeto editorial prevê dois anexos à obra principal, que é um livro: livro(s) voltado(s) para o público infanto-juvenil e material audiovisual. O próximo número da Série Sempre-Vivas será uma biografia coletiva de mulheres transexuais do/no Estado de Minas Gerais. Este trabalho está sendo desenvolvido, pela primeira vez, em parceria com a Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP/MG), formalizada via Termo de Cooperação Técnica ESP nº 02/2023 e FJP/PJ nº 26/2023.

Acredita-se que as narrativas apresentadas poderão dar visibilidade às dificuldades e aos desafios por elas enfrentados, bem como sublinhar as possibilidades que emergem a partir da vivência pública das identidades transexuais. O trabalho biográfico tem o potencial de consolidar informações sobre esse grupo de mulheres, e subsidiar políticas públicas estaduais mais aderentes à realidade vivida por esse grupo.

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