A oferta de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) vêm crescendo dentro do SUS nas últimas décadas, especialmente após a criação da Política Nacional de PICS. No entanto, ainda enfrentam muitos desafios, como a falta de formação adequada para os profissionais da área.

Em Minas Gerais, em 2020, 74 %dos municípios (635) relataram ofertar PICS, porcentagem que caiu para 54%, em 2021, devido aos desdobramentos da pandemia da COVID-19.

Em relação à oferta de práticas corporais em Medicina Tradicional Chinesa (MTC), especificamente, observa-se uma realidade mais restrita, considerando que o seu desenvolvimento foi informado por somente 47 municípios mineiros (5,5%), em 2021.Um dos grandes obstáculos para a ampliação das PICS é a carência de processos de qualificação profissional.

A formação em PICS no Brasil ainda é insuficiente, heterogênea e ofertada de forma difusa, com limitações de oferta e de qualidade. Está concentrada em instituições de ensino privadas, com propostas formativas que não atendem às necessidades do SUS.

Para mudar essa realidade, a Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG) firmou uma parceria com o Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Sabará e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Juntas, essas instituições estão promovendo cursos de formação para instrutores de Tai Chi Chuan e Qi Gong, direcionados aos profissionais que atuam nos polos das Academias de Saúde.

Além de oferecer a formação, o projeto também quer entender os efeitos desse aprendizado no dia a dia dos profissionais do SUS, avaliando como essas práticas têm sido incorporadas no trabalho e nos cuidados com a população.

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